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Arquivo NippoBrasil - Edição 022 - 8 a 14 de outubro de 1999
 
Imari: A célebre porcelana japonesa
A porcelana oriental sempre foi tida pelos ocidentais como objeto de
grande ambição, tornando-se, inclusive, um símbolo de status. Tal admiração fomentou um intenso comércio entre os dois lados do planeta em épocas passadas, intensificando as idas e vindas de embarcações abarrotadas com esse e outros produtos igualmente valorizados.
O Museu de Arte Toguri, em Tóquio, mostra em uma exposição cerca de 90 peças antigas japonesas, denominadas Ko-Imari, que atravessaram os mares
durante os áureos tempos das navegações.

(Fotos: Reprodução/Divulgação)

As invasões da Coréia realizadas no final do século 16 pelas tropas do líder militar Hideyoshi Toyotomi, que então dominava o Japão, possibilitou um contato direto dos nipônicos com a excelência da cerâmica coreana, que já era apreciada neste país pela técnica superior de fabricação, em especial, a delicada vitrificação.

O chefe feudal Nabeshima, que também participara da invasão, forçou o mestre coreano Ri Sampei e seu grupo de ceramista a vir ao Japão exercer a sua arte. Conta-se que o mestre coreano descobriu um grande depósito de caulim (argila branca) na montanha Izumi, na cidade de Arita, da atual província de Saga, e a partir desse fato começaria pela primeira vez a produção de porcelana branca no Japão, que logo passou a ser comercializada para os outros clãs feudais e também a ser exportada para outros países.

Essa produção era escoada pelo porto de Imari, próximo à região fabricante e, por tal razão, a porcelana de Arita passou a ser denominada de Imari. Já as procelanas de Arita produzidas no século 17 e 18 são especialmente chamadas de Ko-Imari (Imari Antiga).

Durante o período em que o Japão manteve-se fechado à relação com outras nações, a partir de 1653, apenas a China e a Holanda mantiveram intercâmbio com o Japão através do porto de Dejima, em Nagasaki, o único ponto em todo o arquipélago que estava aberto ao contato com estrangeiros, ainda assim restrito a esses dois países.

Foi por ali que uma enorme quantidade de porcelana de Arita foi exportada para o Ocidente através da Companhia das Índias Orientais Holandesa, que trazia especiarias e retornava com cerâmica e outros produtos orientais muito apreciados, como também a seda.

A partir de meados do século 17, as disputas internas durante o final da dinastia Ming criou dificuldades para manter relações comerciais com a China e foi então que se intensificou a importação da porcelana de Arita. Calcula-se que cerca de 2 milhões de peças foram produzidas pelos artesãos da pequena cidade japonesa exclusivamente para serem exportadas para a Europa e outros países.

O que elas possuem como característica diferencial é que foram produzidas como modelo de exportação, isto é, com padrões de forma e estilo de pintura de acordo com as encomendas feitas pela companhia holandesa, de modo a agradar os gostos requintados da nobreza ocidental da época. São, justamente, algumas dessas peças exportadas para o Ocidente e para alguns países asiáticos que foram resgatadas pelo colecionador japonês Tohru Toguri, fundador e diretor do Museu de Arte Toguri, que estarão participando da exposição Umi wo Watatta Ko-Imari (Os Ko-Imari que atravessaram o mar) e poderão ser vistas em Tóquio de outubro a dezembro.

MUSEU DE ARTE TOGURI

O Museu Toguri é de propriedade particular e nasceu do idealismo de um aficionado colecionador de peças artísticas, o construtor Tohru Toguri. Depois de presenciar o rápido processo de ocidentalização e desenvolvimento industrial que o Japão viveu após a Segunda Guerra, Toguri ressentiu-se de que além das tradições, também os objetos e utensílios usados pelas famílias através das gerações, muitos deles de inestimável valor artístico, estavam se perdendo ou sendo menosprezados em função das imposições da nova era.

Foi por tal razão que ele objetivou criar um local de exposição com utensílios artesanais para mostrar às futuras gerações o estilo de vida dos antepassados e começou a adquirir e colecionar peças de valor artístico, sonhando um dia poder expô-las ao público.

SAGA-ARITA

Um dos mais famosos centros produtores de cerâmica do Japão é a cidade de Arita. Cerca de 150 fabricantes estão instaladas na região, onde trabalham mais de 6 mil artesãos na produção não só de finas peças artísticas, como também de infinidades de produtos para uso diário.

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