Plantel
atual
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Pintos
de um dia
65 mil cabeças
Frangas
100 mil cabeças
Poedeiras
610 mil cabeças
Codornas
105,9 mil cabeças
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O ano era 1959.
A família de Kuro Kanezaki chega à Várzea Alegre,
na região de Terenos, no então Estado de Mato Grosso, para
tentar a sorte na agricultura. Na seqüência, outros imigrantes
japoneses, especialmente da província de Yamaguchi, fizeram o mesmo.
Tentaram os cultivos de arroz, feijão, soja, milho e algodão.
Plantávamos, plantávamos, e não sobrava nada.
Produzíamos só para comer, lembra Eiji Kanezaki, na
época com 21 anos.
Ainda que o
cenário fosse negativo, a união do grupo de 37 famílias
deu origem, em 1962, à Cooperativa Agrícola Mista de Várzea
Alegre (Camva). Oficialmente, o início das atividades deu-se no
dia 12 de dezembro daquele ano, tendo como primeiro presidente Yuichi
Ogura. Foi como um presente de Natal. Para consolidar esse sonho, os imigrantes
japoneses contaram com apoio da Cooperativa Agrícola de Cotia,
Yamaguchi Kenjinkai e Jamic, a companhia colonizadora da época.
No início
de suas atividades, a cooperativa ateve-se à produção
de frutas e cereais. Mas as condições de solo e do clima
eram desfavoráveis. Aos poucos, foram substituídas pela
produção de ovos, que começou a funcionar em 1963.
Cada um dos cooperados, lembra Eiji Kanezaki, hoje com 70 anos e há
11 na presidência da Camva, recebeu, na época, um plantel
de 500 aves de postura com financiamentos da Agência de Cooperação
Internacional do Japão (Jica).
No total, 24
famílias foram beneficiadas pela Jica, contabilizando 12 mil cabeças
de aves. Assim, a Camva começou a deslanchar. Ainda hoje, a atividade
granjeira é predominante entre as 27 famílias cooperadas.
Os tempos, hoje, são outros, comemora Kanezaki, filho
do primeiro imigrante de Várzea Alegre.
O sucesso da
Camva pode ser medido pelos números. Da central de classificação
e embalagens em Terenos, criada em 2003, saem diariamente 1,3 mil caixas
de 30 dúzias cada por dia. Trocando em miúdos, são
39 mil dúzias que abastecem, principalmente, o mercado de Campo
Grande, a capital sul-matogrossense.
Além
da matriz em Várzea Alegre, construída ainda em 1962, ali
perto da Estação Pedro Celestino, a Camva criou outros pontos.
Um escritório e entreposto de ovos foi adquirido em 1970 em Campo
Grande. Sete anos depois, foi fundado um entreposto em Cuiabá e,
em 1979, surgiu outro em Rondonópolis, ambos em Mato Grosso. Nesse
hiato, em 1977, foi construída uma fábrica de ração,
que até hoje atende os cooperados.
Além
de Campo Grande, Cuiabá e Rondonópolis, os ovos da Camva
são escoados também para São Paulo e Corumbá,
este em Mato Grosso do Sul. Há mais de uma década à
frente da cooperativa, Kanezaki, que já em 1988 era diretor-gerente
da empresa, procura por um substituto. Mas está difícil.
Aos 70 anos de muito trabalho, queria descansar um pouco,
brinca.
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