O
caqui é o principal produto
cultivado no município paranaense
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(Foto: Divulgação)
Uma
doença ainda não identificada, causada por um fungo, ameaça
dizimar a plantação de caqui do município de Campina
Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), a apenas
30 quilômetros da capital paranaense. A fruta é o principal
produto agrícola da cidade, que realiza todos os anos o Kakifest.
O técnico da Emater, engenheiro agrônomo Ricardo Lubaszewski,
disse que a doença apareceu na região há três
anos e vem reduzindo gradativamente a força dos caquizais.
Nesta safra,
segundo ele, alguns produtores já tiveram quebra de 100% por causa
da doença. É uma situação preocupante porque
a atividade envolve quase 200 agricultores familiares, com uma produção
média anual de 2.000 toneladas, o que torna Campina Grande do Sul
o maior produtor de caqui mel do Paraná. O pior é
que não sabemos direito que doença é essa. Em princípio,
parece uma variação mais severa do fungo da antracnose,
mas nenhum controle conhecido tem dado resultado, avaliou o técnico.
Em função disso, a Emater programou para julho um encontro
com técnicos e pesquisadores do Iapar, Secretaria da Agricultura
e do Abastecimento e Universidade Federal do Paraná para desencadear
um projeto urgente de pesquisa, com a finalidade de identificar a doença
e estabelecer meios de controle. Precisamos de um diagnóstico
rápido para evitar o comprometimento desta cultura, que é
tradicional e de grande importância econômica e social para
a região, alertou o técnico da Emater.
Uma doença
com sintomas semelhantes teria aparecido há seis anos em plantações
de caqui no norte do Paraná, derivando depois para regiões
produtoras de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com
efeitos dramáticos para os produtores. Até hoje, no entanto,
não há definição sobre sua origem, características
e, consequentemente, formas de controle eficientes. Por isso, a
pesquisa é um passo fundamental para salvar a produção
e os produtores, conclui o agrônomo da Emater.
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