(Fonte:
IPC TV)
O professor
Carlos Shinoda vive no Japão há 21 anos, tem 58
anos de idade e pela segunda vez disputa uma vaga na Câmara
Federal do Brasil. Nas eleições de 1998, ele se
candidatou pelo então PPB (Partido Popular Brasileiro),
em uma campanha apoiada por meia dúzia de amigos e uma
centena de alunos do antigo Ceteban, rede de ensino coordenado
pelo professor no Japão.
Shinoda
não se elegeu, mas conta que, passados 16 anos daquela
candidatura, sempre esteve envolvido com questões de interesse
dos brasileiros no exterior. Motivo que o levou a disputar novamente
o pleito, almejando vaga de deputado federal pelo estado de São
Paulo.
Shinoda
é pré-candidato pelo PSD (Partido Social Democrata)
do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O partido
realizará convenção em junho e deve confirmar
a candidatura de Shinoda, que terá apenas três meses
de campanha.
A Câmara
Federal tem 513 vagas, das quais 70 são destinadas ao estado
de São Paulo.
Shinoda
reconhece as dificuldades da candidatura, mas está otimista.
As dificuldades vão aparecer e vamos contornando
esse processo. Tenho consciência dos desafios e uma delas
será a mobilização, já que a candidatura
será por São Paulo, disse para o JPTV.
Carlos
Shinoda estima que mais de 100 mil brasileiros no Japão
estarão aptos a votar nas eleições de outubro.
Quem vive no exterior só pode votar para presidente, mas
ele espera que a comunidade se envolva e peça aos familiares
no Brasil que votem a seu favor.
O pré-candidato
foi presidente do CRBE Conselho de Representantes dos Brasileiros
no Exterior e participou de diversas conferências que debateu
questões de interesse dos imigrantes. Para esta atividade
voluntária, Carlos pediu afastamento para se dedicar à
campanha eleitoral.
Shinoda
admite que a experiência no CRBE trouxe de volta o seu interesse
pela disputa de um cargo eletivo. Sem dúvida nenhuma,
o CRBE foi uma oportunidade de aprendizado muito significativa
que me fortaleu para poder partir para me tornar um canal, um
porta voz no Congresso.
O professor
estima que os 100 mil votos que precisa para se eleger podem ser
obtidos se conseguir o apoio de 10 mil brasileiros no exterior
que mobilizem, cada um, dez eleitores no Brasil. Shinoda diz que
será uma campanha sem recursos financeiros. Conta com as
redes sociais e a mobilização de quem acredita que
os imigrantes precisam ter representante no governo brasileiro.
|