(Texto:
Guilherme Queiroz/CNI e foto: Dudu Leal/FIERGS | Fonte: Assessoria
CNI)
Brasil
e Japão podem se beneficiar mutuamente no cenário
global com uma maior integração das economias dos
dois países. O aprofundamento da relação bilateral
foi defendido na abertura da 18ª Reunião Conjunta do
Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão,
que começou nesta segunda-feira (31) e foi até a terça-feira
(1/09), em Porto Alegre. Para dirigentes empresariais de Brasil
e Japão, avanços nessa agenda no curto prazo é
importante para ampliar oportunidades de investimento e ampliação
do comércio exterior.
O encontro
bilateral foi organizado pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI) e sua congênere japonesa, a Keidanren,
em parceria com a Federação das Indústrias
do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), e contou com a participação
de 400 representantes do setor privado e dos governos. Segundo o
vice-presidente da CNI Paulo Tigre, o diálogo empresarial
ocorre em momento importante, em que os governos dos dois países
discutem como ampliar comércio e investimentos bilaterais.
Esperamos resultados concretos nessa agenda que temos para
os próximos anos, afirmou.
CNI e
Keidanren apresentaram, durante o encontro, uma proposta de amplo
acordo comercial entre Japão e Brasil, que será encaminhada
aos governos de cada país. A iniciativa ocorre semana antes
da reunião anual dos ministérios de indústria
e comércio brasileiro e japonês (MDIC-METI) e a três
meses da visita oficial da presidente Dilma Rousseff ao Japão,
prevista para o início de dezembro. As relações
entre os dois países foi alçada à condição
de parceria global estratégica, disse o diretor-presidente
da Vale e presidente da Seção Brasileira do Comitê
de Cooperação Econômica Brasil-Japão,
Murilo Ferreira.
INTERESSE
NO BRASIL Com 450 empresas com operações no
Brasil, o setor privado japonês está interessado em
oportunidades de investimento nas áreas de infraestrutura
e logística mobilidade urbana, ferrovias, rodovias
e portos energia e recursos naturais. Nesse contexto, no
entanto, os empresários do Japão apontam a necessidade
urgente de o Brasil avançar numa reforma tributária,
na capacitação de mão de obra e no combate
aos entraves ao desenvolvimento da economia que compõem o
Custo Brasil.
O presidente
da Seção Japonesa do Comitê de Cooperação
Econômica Brasil-Japão, Masami Iijima, destacou o avanço
do debate sobre o ambiente de negócios no Brasil e o interesse
do setor privado brasileiro em maior abertura para o comércio
mundial. Ele lembrou que o Japão está negociando um
amplo acordo com a Ásia e a América do Norte (Trans
Pacific Partnership TPP) e disse esperar que o Brasil não
fique de fora de conjunto de acordos assinados por seu país.
Esperamos que o Brasil também avance em negociações,
já que é o maior país da América do
Sul, argumentou.
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