(Fonte:
Agência Brasil)
O novo
Conselho de Segurança Nacional do Japão, órgão
que reforça o poder do primeiro-ministro em matéria
de defesa, entrou neste dia 04/12, em funcionamento com foco na
crise desencadeada pela nova zona de defesa aérea da China.
O conselho, inspirado em uma instância semelhante à
dos Estados Unidos e que substitui o atual Conselho de Segurança
do governo, quer que os ministérios da Defesa e dos Negócios
Estrangeiros partilhem informações e se coordenem,
de forma regular, por meio de um órgão único.
O estabelecimento
do Conselho de Segurança Nacional foi definido como um objetivo
desde a chegada ao poder do primeiro-ministro, Shinzo Abe, em dezembro
de 2012. A criação coincide com um momento de renovada
tensão na Ásia, devido à zona de defesa aérea
estabelecida pela China na última semana.
A área
chinesa, anunciada no dia 23 de novembro, cobre grande parte do
Mar da China Oriental, entre a Coreia do Sul e Taiwan, e inclui
as Ilhas Senkaku/Diaoyu, disputadas pelo Japão e a China.
De acordo com a nova zona, a China exige que todos os aviões
que passem pelo espaço aéreo apresentem planos de
voo quando sobrevoarem esse perímetro, se identifiquem e
mantenham contato pelo rádio durante o percurso.
O primeiro-ministro
japonês pediu aos seus ministros que coordenem esforços,
em uma estratégia comum para enfrentar os desafios que se
impõem em matéria de segurança devido ao estabelecimento
dessa nova zona. O ministro da Defesa do Japão, Itsunori
Onodera, indicou que o novo órgão vai se dedicar,
nas primeiras reuniões do Conselho de Segurança Nacional,
às últimas movimentações de Pequim.
Está
previsto que o conselho constituirá um fórum para
debater temas-chave na agenda de Shinzo Abe, bem como para delinear
diretrizes no plano da defesa e segurança nacional e para
redefinir um papel mais ativo das forças de autodefesa, o
que provavelmente deverá ter de passar por uma emenda à
Constituição.
O Conselho
de Segurança deverá se reunir duas vezes por mês.
A expectativa é que o grupo seja presidido pelo assessor
em política exterior do primeiro-ministro, Shotaro Yachi.
|